ISTs: Um Problema Que Não Dá Trégua
- Dra. Danielle Tavares
- 8 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de abr.
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) seguem crescendo ao redor do mundo — e os números não mentem. Nos Estados Unidos, entre 2015 e 2019, as taxas de gonorreia, clamídia e sífilis dispararam, enquanto as infecções por herpes tipo 1 e 2 deram uma trégua. Mas não se anime: em 2022, mais de 2,5 milhões de novos casos dessas ISTs foram notificados ao CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).

E não pense que o problema está restrito aos mais jovens. As ISTs também estão crescendo entre os mais velhos, o que reforça a urgência de estratégias de prevenção adaptadas para essa faixa etária.
No cenário global, o número total de casos e o impacto das ISTs continuam altos. Na Espanha, por exemplo, de 2016 a 2022, os casos de gonorreia, clamídia e sífilis aumentaram em todas as idades — com destaque para homens mais velhos e mulheres mais jovens.
Ou seja: apesar de avanços pontuais, as ISTs seguem desafiando a saúde pública e exigem atenção redobrada.
No Brasil, não é diferente
No Brasil, as ISTs — especialmente a sífilis — seguem em ascensão. Os números falam por si: casos de sífilis gestacional e congênita dispararam em diversas regiões do país.
Um estudo analisando dados de 2018 a 2022 mostrou uma forte ligação entre o aumento de ISTs e o uso da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV). Isso sugere que, mesmo com avanços na prevenção do HIV, outras ISTs continuam crescendo.
E o problema não é novo. Entre 2007 e 2017, os casos de sífilis aumentaram em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Sul. Já entre 2011 e 2020, a sífilis gestacional teve um salto preocupante, com variações regionais que mostram a desigualdade no combate à doença.
O recado é claro: as ISTs, especialmente a sífilis, não deram trégua. O Brasil precisa reforçar medidas preventivas e de controle para barrar esse avanço.
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