Saiba tudo o que você precisa conhecer sobre as formas de prevenção ao HIV, às IST e às hepatites virais.
A Prevenção Combinada associa diferentes métodos de prevenção ao HIV, mostrando a importância da prevenção das IST e das hepatites virais tanto para a prevenção do HIV, quanto para a saúde integral das pessoas.
Entre os métodos que podem ser combinados(as), estão:
prevenção da transmissão vertical (quando a gestante é PVHA e pode haver a transmissão do vírus para o bebê)
tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais
tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV
Populações-chaves e prioritárias
A epidemia brasileira é concentrada em alguns segmentos populacionais que, muitas vezes, estão inseridos em contextos que aumentam suas vulnerabilidades e apresentam prevalência para o HIV superior à média nacional, que é de 0,4%. Essas populações-chave são:
Segmentos populacionais que possuem caráter transversal e suas vulnerabilidades estão relacionadas às dinâmicas sociais locais e às suas especificidades. Essas populações prioritárias são:
Testagem regular para HIV, outras ISTs e HV
Os testes rápidos são práticos e de fácil realização; podem ser feitos a partir da coleta de uma gota de sangue na ponta do dedo ou com uma amostra de saliva, e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos. Para os exames laboratoriais o serviço realiza a coleta de sangue da veia.
Todos os testes possuem um período denominado “janela diagnóstica”, que corresponde ao tempo entre o contato com o vírus e a identificação do marcador da infecção. Em resumo, mesmo se a pessoa estiver infectada, o resultado do teste pode dar negativo se ela estiver no período de janela. Nos casos de resultados negativos, sempre que persistir a suspeita da infecção, o teste deve ser repetido após, pelo menos, 30 dias.
Os testes de HIV e sífilis devem ser feito com frequência e, principalmente, se você tiver passado por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha.
A testagem para hepatites B e C está indicada para a pessoa se expôs a algumas destas situações: praticou sexo desprotegido ou compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam.
Prevenção da transmissão vertical
Durante a gravides e no parto, pode ocorrer a transmissão do HIV, da sífilis e da hepatite B da mãe para o bebê. O HIV também pode ser transmitido durante a amamentação. Por isso as gestantes, e também suas parcerias sexuais, devem realizar os testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e no parto.
Quando e quais testes a gestante deve fazer no pré-natal?
Nos três primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites
Nos três últimos meses de gestação e no parto: HIV e sífilis
Em caso de exposição de risco e/ou violência sexual: HIV, sífilis e hepatites
Em caso de aborto: sífilis
Imunização para hepatite B e HPV
O vírus da hepatite B é altamente transmissível nas relações sexuais desprotegidas, mas a sua transmissão pode ser prevenida com vacinação. Mas só ocorre a imunização após a realização das três doses preconizadas (0, 1 e 6 meses). Se você fez uma ou duas doses apenas, pode procurar uma Unidade Básica de Saúde para completar o esquema.
Outra medida importante é a vacina para o HPV que fornece imunidade para os subtipos que mais provocam câncer e verrugas. Atualmente, no Brasil, a vacina está disponível para crianças e adolescentes entre 9 a 14 anos com duas doses (0 e 6 meses). Também podem se vacinas grupos com condições clínicas especiais até os 45 anos (pessoas vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos).
Redução de danos
As ações de redução de danos estão voltadas, principalmente, às pessoas que usam álcool e outras drogas, silicone líquido industrial e hormônios e têm por objetivo evitar a transmissão, promover a melhoria da qualidade de vida e garantir o acesso à saúde.
As pessoas que usam álcool e outras drogas, independente do padrão de uso, são uma população desproporcionalmente afetada pelas IST, pelo HIV/aids e pelas hepatites virais, seja em relação ao risco de exposição sexual ou pelo compartilhamento de objetos para uso de drogas.
Fonte: UpToDate e Ministério da Saúde